Já não se pode badalar o cacetete…

Tudo a falar que um guarda vai às putas “Que escandalo! Isto não nos envaidece.”, o quanto eu gostava de saber a que ponto estamos a chegar para já andarmos a tapar o sol com a peneira desta maneira.

Se não houvesse bófias nem havia putas sequer! Toda a gente sabe desta verdade, a seguir aos camionistas, existe o velho lobby do serviço a troco de não-acusação que todos sabemos que existe. Ou será coincidência que apenas os civis as vejam na berma da estrada e por algum trque de noves fora nada elas se eclipsem quando passa a polícia? Não me parece, sinceramente, principalmente aquelas que estão sentadas na mesma lata há infinitos anos. Qualquer dia tambem se chocam com um polícia comer um donut, caralho.

Fazer destas cenas carnavalescas bodes expiatórios diminui a instituição não pelo acto em si, mas por mostrar que vocês não dão o peito pelos vossos. O menos honroso disto tudo é mostrarem que se estão a cagar para um guarda que tem de vender o corpo porque vocês não lhe pagam o suficiente. A maior vergonha é vossa, não é dele. Isto tudo porque o pobre coitado se calhar usou o cacetete ou meteu a boina na cabeca de uma puta e o superior dele estava lá e foi uma classica situacao de ‘deixa-me fodê-lo antes que me foda a mim’. Tudo merda e eu apoio este agente da autoridade que nada mais fez do que esvaziar a tomatada para não andar todo ressabiado com blue balls a multar tudo e todos por picuinhices.

Se os bofias andam fardados quando sao corrompidos e ‘subsidiados’ por traficantes qual é o problema deste ter ido às putas? Ou ser uma? Ao menos fê-lo fora da hora de expediente, ao contrario dos outros. A diferença é que este trabalhador honesto percebeu que no que toca a mulheres, sao tudo putas e mais vale so as aturar 1h por semana enquanto lhe lavam o membro com saliva ao passo que os invejosos que o denunciaram so se aperceberam da putice inerente ao sexo feminino quando ja estavam casados e não havia nada a fazer.

Já agora, tanto o acusam de estar fardado, aquelas são as cuecas de serviço?

Don

HootersCops

Escuteiros, a seguir a Deus, a coisa mais vil criada pelo humano?

Caros leitores. Considero-me uma pessoa que tem noção dos seus preconceitos e tenta lutar contra eles. Mas há um em particular que não consigo, nem quero, contrariar. Os escuteiros.

Na minha infame infância fui escuteiro. Não durante muito tempo todavia. Os meus pais pressentiram que poderia vir a ser um ser humano decente e decidiram tirar-me daquele espectáculo deplorável.

Escrevo este texto com perfeita consciência que não percebo como funciona realmente a “instituição”, nem tão pouco consigo aprofundar a diferença entre escuteiros e escoteiros (diferença, aliás, que conheci apenas à cerca de um mês). Isto é, tudo o que for escrito é fruto da minha imaginação sustentada por histórias ouvidas e experiências como espectador.

Dito isto, vamos começar. Começar por onde? Por aquelas coisas pirosas a que eles chamam meias.

Mas que diabo são aquelas peças? Quem é que no seu perfeito juízo usaria uma atrocidade daquelas? Se há coisa que é transversal a qualquer cultura ou época da História é o quão ridículo aquelas coisas são. Abaixo do joelho, azuis, verdes, com um pinchavelho pendurado cujo propósito está mais longe de ser compreendido do que o sentido da vida.

Depois aquelas fatiotas, sonhos eternos de pedófilos, num tom amarelado, cheias de crachás ou insígnias glorificando feitos banais. Calções, seja inverno seja verão. O vestuário existe, primeiro que tudo, para proteger o corpo contra a fúria do clima e não me venham dizer que é para se ver o raio das meias o ano todo, isso é só cruel.

A sua habitual formação em bandos. Rejeitando traços de civilização e pretendendo viver como os primeiros seres do género homo. Porquê? Individual é uma coisa, grupos, outra mas agora bandos? Freud, se tivesse vivido mais tempo, faria correr muita tinta sobre este assunto com certeza.

O caracter religioso da coisa. Que não se resume só a segurar o guarda-chuva do padre durante uma missa no exterior mas também em desfilar naquelas representações de nojo que são as procissões. Lá andam eles todos contentes, vestidos de forma grotesca, com um sorriso na cara porque os avós e os pais vão ver o quão importante são aos olhos da cristandade. Nem vou falar da relação Igreja/meninos, um tema demasiado agressivo, até para mim.

Assusta-me o facto de eles conseguirem fazer uma arma de qualquer coisa, mas apontaram-me um dado curioso em relação às capacidades dos escutas, só lhes são útil em terrenos baldios ou no mato. A cidade tem imensos handicap: os sapatos que os impedem de correr; a roupa que os faz ser alvo de apedrejamento; o facto de amanhã poderem ter de ir a tua casa pedir esmola; a perplexidade a que são sujeitos com o movimento e iluminação próprios de uma cidade. Em suma, tudo o que é da modernidade.

Creio que é hora de acabar com esta dissertação, as náuseas começam a ser demasiado intensas para suportar. 

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Hippo

Porque é que perdem o vosso tempo a ler as merdas que escrevemos?

Se já conseguiram ler alguma coisa que tenhamos escrito neste blog, já devem ter reparado que só sabemos dizer asneiras. Defendemos que tudo é criticável, mas agora a sério, quem é que vai aceitar críticas de um bando de rotos como nós?

A Internet é uma cara de duas faces: por um lado, contém quase toda a informação preciosa conhecida; por outro, está cheia de porcaria.

É tarefa complicada distinguir o tem valor e o que é dispensável. Ou não, depende do conhecimento que temos sobre nós próprios, sobre o mundo que nos rodeia e sobre o que queremos como futuro.

Retomando o cerne da questão, porquê ler uns textos que uns desgraçados quaisquer postam na web?

Leiam se apreciam o tom jocoso e arrogante que os autores tentam passar. Leiam se se identificam com a linha de pensamento sobre os assuntos triviais que se explanam nesta página. Se não vêem nada disto nas nossas palavras mas vêem qualquer coisa que apreciam, leiam. Se acham que nada útil, nem sequer entretenimento, vos transmite, não leiam.

O mais importante é que a escolha é vossa. Ninguém vos obriga. É essa a maravilha da Internet, tens a liberdade de escolher o que ler, ver ou ouvir. É claro que há sempre tentativas de condicionamento, mas com basic skills são facilmente ultrapassadas e aí és livre qb.

A Internet é a maior ferramenta de emancipação que o ser humano dispõe neste momento. É o liberalismo na sua forma perfeita. Aqui toda a gente nasce livre e igual. Toda a gente é anónima se quiser. Toda a gente é o que quiser ser. Nenhum outro espaço te dá esta liberdade e igualdade.

É claro que isto contém um bocado de idealização e que na realidade as coisas são um bocado diferentes. Mas só porque ninguém é uma tábua rasa. Todavia a ideia está lá e pode ser, de certa forma, alcançável.

Meus irmãos e minhas irmãs, vamos unir-nos e celebrar esta coisa maravilhosa que é a Internet. Vamos lutar para que não a conspurquem com interesses de qualquer tipo. Vamos manter a Internet nossa.

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Hippo

Precisamos de um novo herói.

Precisamos de um novo herói.

Os velhos já não funcionam; nem tentem. O que seria. Cada fornada deles durou algumas gerações e acabou por cair na banalidade de si próprio. Os seus feitos tornaram-se histórias, essas histórias tornaram-se mais ou menos credíveis conforme quem as foi contando, quem as foi contando talvez não tenha sido sempre a melhor a escolher palavras, e num processo reciclável daquilo que é valentia ou estupidez fez naturalmente com que apenas se acabasse por apontar os defeitos.

Os primeiros heróis de qualquer miudo – polícias e bombeiros – revoltam-se diariamente e são o escandalo da TV que vêm.

Viriato alimentou a sede de patriotismo de todos os nossos fundadores, fixou a barra, levantou o pano de jogos de poder até então inexistentes, protagonizou canticos de muitos trovadores, fantasiou poemas. “Enquanto ele comandava ele foi mais amado do que alguma vez alguém foi antes dele.” será talvez o mais conhecido. Hoje em dia as nossas fronteiras são um dado adquirido, exceptuando uma ou outra discussão europeia, e se nos virarmos para os mais novos: quantos contamos pelos dedos de uma mão amputada os que ainda sabem quem é?

E não falo sequer de super-heróis. Heróis apenas, heróis banais (passe-se o paradoxo).

Histórias de reis e argonautas. Tudo o que sabemos hoje sobre o El Dorado é que é uma coisa que não existe. Nem sabemos bem concretamente se é um sítio, se um tesouro ou se é a Charlize Theron na publicidade do J’adore. Sabemos só que, em todo o caso, é ficção.

O S.Sebastião que teimou em chegar e agora é apenas uma referência meteorológica.

Anos 40 e o mundo que entra em guerra, que precisa de um “Super” herói, porque os existentes estão todos em trincheiras. DC Comics manda-nos o Super-homem. Tão herói pelas suas facanhas, como pela família de heroizinhos aos quadradinhos que lhe seguem as pisadas. A Marvel. Os grupos unificados de super-heróis porque sozinhos já não davam conta do recado, os Vingadores e a Justice League. Não querendo puxar muito a conversa para as bandas desenhadas, mas forem eles os heróis dos 30 anos que se seguiriam.

A TV, o cinema, hasta la vista baby e os heróis biónicos vindos do futuro porque os de cá não davam vazão. O Stalone que nos trazia o herói em forma humana e limpava uma selva de vietnamitas. O Starsky & Htuch nas ruas, o John Travolta na pista de dança. O Kubrick que nos mostrou que o herói e o demónio estão em cada um nós. O Fellini que nos ensinou que o herói salva a donzela e o Welles que nos mostra o lado sombrio do dito.

Podia fazer esta publicação de heróis e não mencionar o Michael Jordan?

E o Eusébio? A divindade de Portugal enquanto o resto do mundo estava preocupado com os hippies, o profeta de uma nação. De várias gerações que o idolatravam sem nunca o ter visto jogar.

Morreram todos. Se não faleceram literalmente, morreu-lhes o sonho, apagou-se-lhes a estrela, deixaram de ser imprimidos, ficaram sem argumento ou produção, caíram no ridículo ou deixou-se simplesmente de acreditar neles. Porque sim. Todos sabemos que os herois apenas existem se acreditarmos neles.

O mundo precisa de um ultra-herói. Um gajo que chegue e limpe esta merda toda com a sua brutalidade e o seu rácio de espectacularidade a fazer tombar tudo e todos e todas (porque um ultra-herói não pode fraquejar com o mulherio como fazia o Super). Não queremos tipos de gravata que dizem que vão mudar o mundo com contas e palavras que não percebemos e gráficos e tabelas. Para isso temos o clipezinho do office ’98. Mas ninguem está para se chatear e a garotada já sabe que a única coisa que uma picadela de aranha pode fazer é mandar-nos desta para melhor.

Parafraseando a sabedoria popular do nosso provinciano país, as urnas não me deixam mentir neste aspecto, constato apenas que a velha máxima, de que quem tem cu tem medo, se apodera de todos os nossos valentes e que os heróis, de facto, estão todos no cemitério. Ou arrumados na gaveta. Venha o diabo e escolha, mas já nem esse é levado a sério.

Don

anna